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Café
A nossa paixão

Aqui no Santo Ipê, somos apaixonados por café, então deixamos para vocês algumas formas de preparar essa bebida tão apreciada por todos no mundo. O café é bebido em praticamente todos os lares do país. Além disso, café é uma das principais memórias afetivas no Brasil.

Vamos deixar claro que não existe jeito melhor ou pior de se apreciar um café, o que existe são formas diferentes de extrações do aroma, textura e cor, que mais agrade o paladar.

Vamos dar uma breve explicação do que se avalia em um café, explicar cada um dos métodos de extração disponíveis e, por último, receitas de preparações de bebidas que usam café.


 

DEGUSTAÇÃO

O que se a avalia no café são: cor, textura e aroma.

Convido vocês a testarem todos os métodos e avaliarem por si esses itens. Vocês vão se surpreender com esse mundo…

COR

Inicie observando a cor da bebida: clara ou escura; marrom ou preta. Quanto mais escuro, sinal de torra mais longa, o que geralmente rende cafés menos ácidos e com o amargo característico do grão (aquele gostinho que remete às antigas fazendas de café).
Quanto mais escuro mais amargo, e não necessariamente mais forte. Na verdade, mesmo os cafés de torra mais clara podem ficar intensos, dependendo de sua moagem e de seu preparo.

AROMA

Feche os olhos e, sem julgamento, comece a tentar lembrar a que aromas eles remetem (que momentos, que ingredientes, que memórias eles trazem para você?).

Você consegue sentir cheiros de frutas e ervas? Ou mais doces, lembrando o chocolate, castanhas e nozes? Essa é a roda dos sabores detectados pelos testadores de café.

Roda de Sabores do Provador de Café é composta por várias notas sensoriais. A avaliação é feita de dentro para fora. Imagem: Portal Café/Reprodução.

CORPO

Avaliação importante em uma degustação, trata-se justamente da sensação do café na boca. Ou seja, a impressão tátil no palato (a “textura”), promovida pela maior ou menor presença dos óleos essenciais dos grãos. Na boca, o café percorre a língua (onde estão as papilas gustativas) e depois circula pelo todo. Nas provas, termos como leve, médio ou encorpado, que dizem respeito à percepção de peso, espessura e/ou viscosidade do café.

Não existe certo ou errado. A percepção de cada um é única. O objetivo do passo a passo é incentivar a valorização do café e a apreciação da bebida com o máximo de presença e sentidos. É um convite para desfrutar do melhor de uma bela xícara de café.

MÉTODOS DE EXTRAÇÃO

Métodos de extração disponíveis no Santo Ipê, chalé rosa:

  • Café de coador inox

  • Moka

  • Prensa francesa

  • Cold brew

 
Café coado no coador de inox

De longe esse é o método mais aromático do café ser feito e o mais popular no Brasil atual. Esse modo de preparo do café coado surgiu por volta de 1780, na França. Todavia, a popularidade veio anos depois, em 1815, na Inglaterra. Os primeiros coadores eram de linho, não agradavam ao paladares. Foi então que uma dona de casa alemã, em 1908, Melitta Bentz , furou o fundo de uma lata com um prego. Em seguida, utilizou um papel mata-borrão (também conhecido como papel-chupão) com filtro no fundo.

Um detalhe é que ele tem mais concentração de cafeína, em relação ao café expresso. Isso ocorre devido ao tempo de extração. Já que quanto maior o tempo de contato com a água, mais cafeína é extraída.

Para preparar basta escaldar o filtro com água fervente para aquecer o metal e assim ter um café mais quentinho. Coloque o pó no filtro, espalhando-o uniformemente, sem compactar.

Despeje a água, antes da fervura (90ºC) ou após fervura (98ºC), em pequenas quantidades sobre o pó das beiradas para o centro do filtro, para umedecê-lo e deixe por cerca de 30 segundos. Não aperte ou mexa o pó com a água.

Posteriormente, despeje o restante do líquido lentamente no centro do filtro.

Desvantagem em comparação a métodos mais complexos e sofisticados é que você não comanda nenhuma das etapas da extração, nem mesmo o tempo de contato do pó com a água. Consequentemente, não há precisão sobre as variáveis de potência de elementos do café, como a quantidade de cafeína presente na xícara, por exemplo. Também não é possível ressaltar ou diluir notas de sabor do café escolhido.

Compare: Entre os métodos de infusão coados – Hario V60, Chemex e Clever – o filtro tradicional é o que extrai a bebida de forma mais regular (sem ressaltar especificidades). Mesmo assim, é um dos mais práticos e cujo equipamento não demanda grandes investimentos: basta contar com uma chaleira básica, o coador inox para preencher uma xícara ou para produzir a quantidade que julgar necessária.

Em resumo, como avaliar o método coado tradicional:

  • Grau de dificuldade do preparo – fácil;

  • Moagem indicada – fina;

  • Tempo de preparo – depois de a água ferver, cerca de 3 min;

  • Complexidade de sabor – alta, já que o café não passa por um coador que retém óleos e outros elementos sensoriais que são transferidos para a bebida com mais intensidade;

  • Investimento: baixo.

Moka italiana

Taí um método de extração de café a pressão supersimples. Diz-se que Alfonso Bialetti se inspirou no funcionamento de uma máquina de lavar utilizada pelas mulheres da vila onde morava. Apesar de rudimentar, a máquina era bastante eficiente: composta por um cesto para as roupas sujas e um tubo central que distribuía água quente e sabão, ela funcionava a partir da ebulição da água, que então escaldava e higienizava os tecidos.

 

A Moka se utilizava dos mesmos princípios para a preparação do café, contando com um recipiente que armazena o pó de café na parte inferior e um filtro que extrai a bebida após a fervura da água. Nasce então em 1933 a Moka ou cafeteira italiana, capaz de preparar o café em menos de 4 min, sem o uso de filtro de papel e sem a necessidade de verter a água sobre o pó. Formada por três compartimentos fáceis de encaixar: base, dispenser de pó e parte superior com filtro na base, a cafeteira italiana também é muito versátil e fácil de limpar.

Uma extração de qualidade demanda alguns cuidados básicos:

O grão de café deve ser moído em granulometria média/grossa (nunca fina, pois há risco de entupir o filtro e transferir resíduos para a bebida);

O controle do fogo é essencial, pois o metal quente demais do compartimento superior pode queimar o café; a dica é manter o fogo super baixo;

Assim que a cafeteira borbulhar está pronto.

Compare: Outro detalhe é o resultado potente do café produzido na Moka. Se você prefere uma bebida mais rica em óleos e cafeína, este pode ser o seu método! Se não, o café produzido na cafeteira italiana pode parecer um tanto forte.

Em resumo, como avaliar o método moka:

  • Grau de dificuldade do preparo – fácil;

  • Moagem indicada – média grossa;

  • Tempo de preparo – cerca de 3 min;

  • Complexidade de sabor – alta, já que o café não passa por um coador que retém óleos e outros elementos sensoriais que são transferidos para a bebida com mais intensidade;

  • Investimento: baixo.

French press (prensa francesa)

A French press surgiu primeiramente em 1852, na França, por Mayer and Delforge, e registrada em 1929 pelo designer italiano Attilio Calimani. Mas muitas pessoas tiveram decisiva participação nesse processo como Bruno Cassoll, em 1935, e Faliero Bondanini, em 1958. Assim, pode-se dizer que se trata de uma invenção franco-italiana. Na década de 1960 tornou-se muito popular na França sob o nome Chambord, que lhe fora dado por Bondanini.

Atualmente ela é também conhecida como Cafetière à Piston, Coffee Plunger, French Press, Prensa Francesa, Press Pot ou Cafetiere.

Compare: É justamente essa diferença que faz o uso da French Press resultar em bebidas com acentuada presença de cafeína, óleos essenciais e outros elementos que compõem os grãos! Portanto, a prensa dá origem a xícaras um tanto encorpadas e potentes! Se você gosta de um café que marca presença, o seu método é este.

Respeite a granulometria da moagem, que sempre deve ser grossa – o risco de usar um café fino demais é transferir sedimentos indesejáveis da extração para a xícara;

Ferva a água no recipiente de sua preferência.

Coloque o pó de café na cafeteira. A quantidade de pó sugerida é de 7 g de café (1 colher de sopa padrão nivelada) para cada xícara (125 ml) de água. Encha a cafeteira francesa com a água fervida. Misture com uma colher “afundando” a crosta de pó que se forma na superfície. Tampe a cafeteira, mas não abaixe a haste e deixe de 1 a 4 minutos, enquanto o pó decanta para o fundo. Só então abaixe lentamente a haste. Os inconvenientes do método são: risco de super extração e de presença de sedimentos no fundo da xícara.

 

Em resumo, como avaliar o método French Press:

  • Grau de dificuldade do preparo – mediano

  • Moagem indicada – grossa

  • Tempo de preparo – de 2 min a 3 min  

  • Complexidade de sabor – extrai  um café potente, com presença marcante de cafeína, óleos e outros elementos químicos e sensoriais do grão escolhido;

  • Investimento: de médio a baixo (o equipamento pode ultrapassar os R$ 300, mas dispensa a compra de filtros).

Café gelado básico (cold brew)

O cold brew é um café extraído a frio, de forma artesanal e que demanda de 10 a 15h de preparo.

A origem é atribuída aos holandeses, que nos anos de 1600 preparavam concentrados de café em água fria para transportar , para ser aquecido e consumido depois. Durante essa mesma época, “Kyoto-style coffee” é o primeiro registro de café gelado no Japão. Mas como conhecemos hoje, foi apenas em 1837 na França.

Sabemos que os grãos de café contém cerca de mil compostos químicos diferentes. Incluímos aí a famosa cafeína, além de ácido málico (um composto amargo encontrado em maçãs verdes) e o furaneol (um composto doce também encontrado em morangos). O preparo de café é, na verdade, o processo de extrair esses compostos dos grãos para a água, transformando-os na bebida popular em todo o mundo.

Quando usamos água quente/fervente, esses compostos são liberados rapidamente (em poucos minutos). Por outro lado, a temperatura mais alta também faz com que os ácidos e óleos de café se degradem e oxidem mais rapidamente. Isso pode levar a inconvenientes como acidez excessiva e amargura. As estimativas apontam que o cold brew coffee chega a ser até 70% menos ácido em comparação aos cafés extraídos com água quente!

Já o método de mistura a frio depende de um longo tempo de preparação em vez de alta temperatura. Isso produz um perfil de sabor completamente diferente (mais doce e suave). Isso ocorre porque muitos dos compostos com sabor mais doce são solúveis mesmo em água fria, mas os óleos e os ácidos não.

Assim, mesmo que o café extraído a frio seja considerado uma bebida “forte” em termos da proporção de café com água, não apresenta tanto amargor ou acidez.

Para chegar ao perfil de sabor ideal para o seu paladar, você pode aumentar a quantidade de proporção de café em relação ao volume de água para torná-lo mais forte (ou para produzir um concentrado). Ainda assim, a bebida não será amarga ou dura. Faça isso com café quente e o resultado será intragável. Outro benefício é a praticidade. Preparado de véspera, o cold brew tem alta durabilidade:  pode ser mantido em geladeira e consumido por até 5 dias, em média, sem prejuízo de sabor.

Os ingredientes são 3 colheres de sopa rasa de pó de moagem grossa e 200 ml de água fria. Em seguida infusione o café moído. Aqui no Santo Ipê você pode experimentar deixar infusionando:

- na prensa francesa: coloque o pó dentro da prensa francesa junto com a água (igual o método a quente). Após o período pressione o embolo para filtrar;

- na jarra de cold brew: coloque o pó dentro do compartimento de inox e em seguida ponha a água. Na hora de servir apenas retire esse compartimento.

- recipiente de vidro com tampa: coloque o pó e a água no vidro. Tampe e após o período passe pelo coador de inox.

Em todos os métodos deixe descansar de 12 a 24 horas, de preferência dentro da geladeira.

Em resumo, como avaliar o método Cold Brew:

  • Grau de dificuldade do preparo – fácil

  • Moagem indicada – grossa

  • Tempo de preparo – de 10h a 24h

  • Complexidade de sabor – leve, aromático, mais doce, sem amargor, cheio de cafeína;

  • Investimento: de baixo a alto, depende de qual equipamento utilizar.

 
RECEITAs
Café gelado com laranja e tônica

Com cinco ingredientes, o café gelado com laranja e tônica é uma festa para o seu paladar

Ingredientes:

  • 200 ml de água tônica

  • 100 ml de café gelado (se preferir faça o cold brew) o melhor café para essa receita é o São Silvestre

  • 1 laranja

  • 2 paus de canela

  • Gelo a gosto

Modo de preparo:

Em um copo com bastante gelo, coloque a água tônica e o café. Em seguida, acrescente algumas gotas do suco da laranja (a gosto) e finalize decorando com a laranja e a canela.

Café gelado cremoso tropical

O café tropical traz um sabor que é a cara do verão brasileiro e ótimo para se refrescar nos dias quentes. 

Ingredientes:

  • 50 ml de água com gás

  • 1 colher (chá) de café extraído bem forte.

  • Açúcar a gosto

  • Gelo

  • 1 limão siciliano

Modo de preparo:

Misture o café superextráido com a água com gás em uma caneca. Em seguida, coloque em um copo as pedras de gelo e derrame a infusão do café. Caso a bebida não encha o copo, complete com a água gaseificada.

Tire um pedaço bem fino da casca do limão e torça em cima da mistura, até virar uma espiral, para que nela fique o aroma da fruta. Em seguida, esprema algumas gotas do suco ácido no café e sirva. Se preferir, adicione o açúcar e enfeite com a casca do limão.

Café gelado

Modo de preparo:

Coloque 15 g de café com moagem grossa (tipo ovomaltine) em sua Prensa Francesa (500 ml) e complete com água gelada, deixando apenas o espaço para a tampa;

Deixe por 12 horas na geladeira e, depois disso, baixe a tampa do utensílio com cuidado para que não passe nenhum resíduo. Pronto! “Adicione gelo no copo e divirta-se”.

Café gelado com a Prensa

Sabia que também é possível fazer um café gelado com a sua Prensa?

A forma mais fácil é fazer o café normalmente na Prensa, deixar esfriar e colocar em forminhas de gelo. Depois você coloca os gelos de café em um copo e acrescenta água (gelada ou natural) e algum suco de fruta, por exemplo limão. Fica uma delícia!

A outra receita: coloque 20 g de café moído na Prensa, adicione 200 ml de água gelada, adicione um pouco de suco de limão ou laranja, algumas folhas de hortelã (ou outra de seu gosto), mexa e aguarde por 1 minuto. Desça o êmbolo devagar e pronto!

© 2024 por Santo Ipê.

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